sábado, 2 de abril de 2011

A aprendizagem e os ambientes informatizados

Autora: Vanessa Schieffelbein Machado
No mundo do trabalho são muitas as transformações ocorridas. Passamos de uma sociedade industrial para uma sociedade baseada na informação e isto exige uma intercomunicação efetiva entre sociedade, entre todos os setores da escola e, inclusive, entre as disciplinas.
Também devemos considerar o uso cada vez mais crescente de calculadoras, computadores e outras tecnologias, os quais determinam uma drástica mudança em todos os campos da atividade humana. A comunicação oral e a escrita convivem cada vez mais com a comunicação eletrônica, possibilitando compartilhar informações, num mesmo instante, com pessoas da diferentes locais.
Porém, para que essa comunicação realmente tenha fundamentos é necessário que a escola se reestruture, possibilitando que esta nova tecnologia seja compreendida por professores e alunos e realmente utilizada com o propósito de criar um ambiente construtivista de aprendizagem, o qual tem como princípio que o conhecimento é construído a partir de percepções e ações do sujeito, constantemente mediadas por estruturas mentais já construídas ou que vão se construindo ao longo do processo, tomando-se aqui a teoria do desenvolvimento cognitivo de J.Piaget como base teórica.
No ensino da Matemática, a aprendizagem na perspectiva construtivista depende de ações que caracterizam o ‘fazer matemática’: experimentar, interpretar, visualizar, induzir, conjeturar, abstrair, generalizar e enfim demonstrar. É o aluno que age na busca e construção de seu conhecimento, procurando ações que desafiem suas capacidades cognitivas.
Os ambientes informatizados apresentam-se como ferramentas de grande potencial frente aos obstáculos inerentes ao processo de aprendizagem. Entretanto, a informática por si só não garante esta mudança, principalmente se ela for procurada pelo visual atrativo dos recursos tecnológicos que são oferecidos. Para que haja avanço no conhecimento matemático, é importante que o professor projete as atividades a serem desenvolvidas. Uma tarefa difícil é conciliar o que se julga importante a ser aprendido (e é matemática socialmente aceita que fornece os parâmetros para tal) com a liberdade de ação do aluno.
Como diz a autora Lea Fagundes (1998): “Pensar e usar esta tecnologia para repetir procedimentos que ocorriam na escola sem ela, provavelmente manterá o estado atual da educação. Fundamental é descobrir como usá-la para alcançar resultados que aproveitem o máximo de rendimento de suas características específicas e inusuais”.

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